terça-feira, 19 de outubro de 2010

Frio congela venda de roupas e calçados

O clima úmido e frio não tem estimulado as compras de roupas e calçados da nova coleção: primavera-verão. O crescimento das vendas, comum durante as trocas de estação, ainda não foi computado pelos lojistas do Grande ABC.

Geralmente, com a mudança de clima, o varejo obtém alta nas vendas de até 30%, segundo o presidente da Sol (Sociedade Oliveira Lima e Região), Hélio Farber. "Os lojistas ainda não sentiram esse crescimento, mas mantém estabilidade. Nossa expectativa é que com a proximidade do Natal as vendas aconteçam, caso a instabilidade do clima não mude", argumenta.

Para ele, o grande atrativo da nova estação para o comércio é o preço das roupas, que chegam a ficar até 15% mais baratas. "É com base nisso que focamos nossas vendas. Afinal, uma roupa de inverno ou uma bota são bem mais caras do que um chinelo rasteirinha e uma blusinha sem mangas - tudo porque, os custos de confecção e os tecidos são mais baratos", completa.

Mesmo com a instabilidade do clima, os lojistas se utilizam de alguns artifícios para incentivar os clientes a escolherem algumas peças das vitrines, uma vez que, as liquidações de inverno já aconteceram há praticamente um mês.

Gerente de uma grife feminina Juliana de Oliveira Lima conta que trabalha durante todo o ano com linha meia-estação. "Casacos de algodão, mais conhecidos como casaquetes, são a opção para quem deseja estar bem vestida e pronta para enfrentar o calor ou o frio." Nessa unidade as peças chegam a ser até 50% mais baratas durante as estações mais quentes.

Ligar para os clientes cadastrados é outra alternativa encontrada pela gerente de uma loja de sapatos Silvania Araújo. "Corremos atrás do cliente, literalmente. Sempre ligamos e falamos dos sapatos que possam ser usados tanto no frio quanto no calor, como aqueles que são abertos na frente e fechados atrás."

O mesmo é feito pela gerente de uma loja de roupa de grife, Adriana Takeda, que fideliza os clientes por meio de peças exclusivas. "Algumas pessoas, independentemente do clima, compram a peça porque sabem que vão utilizá-las em algum momento." Até agora, ela conta que as vendas estão sendo mantidas, mas o crescimento é esperado para o fim do ano.

Em outra loja de calçados, o custo-benefício é utilizado como atrativo. "Mostramos às mulheres que com o preço de uma bota de couro (de R$ 180), é possível levar alguns pares de sandálias (encontradas a R$ 34)", conta o gerente, Cícero Alves.
Fonte: Diário do Grande ABC

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