terça-feira, 12 de abril de 2011

Franquias de vestuário aumentam nº e faturamento

O segmento de vestuário se destaca no mercado de franquias, que, em 2010, teve um crescimento global no setor em 20,4%, em relação ao ano anterior. O número foi maior do que as expectativas do setor, que esperava um crescimento de 14 a 19%. O estudo foi realizado pela Associação Brasileira de Franchising - ABF com 1.855 marcas de franquias atuantes no país. O faturamento total das franquias alcançou no ano passado a marca de R$ 75.987 bilhões.

Em faturamento, o segmento de vestuário cresceu 29,0%, ficando em terceiro lugar no ranking de franquias mais procuradas na hora de investir. Recentemente, um estudo realizado pela Rizzo Franchising, consultoria de mercado no setor, apontou que a grande demanda por produtos de moda foi um dos motivadores para que os empresários resolvessem buscar a expansão nos negócios por meio do franchising.

De olho na expansão a Four Style, marca carioca de moda fitness, enxerga um consumo de itens esportivos bastante promissor no Brasil e no Rio devido às ocorrências de eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. A empresa está investindo na abertura de franquias de moda fitness. Para abertura de uma loja com 35 m², a Four Style possui taxa de franquia de R$ 30 mil e um investimento bruto inicial de R$ 180 mil. O retorno estimado do capital investido varia de 24 meses a 30 meses.

A marca oferece roupas confeccionadas com tecidos inteligentes e ecológicos (fibra de bambu) de avançada tecnologia, desenvolvidos com a finalidade de otimizar a performance do atleta, os produtos atendem a todas as faixas etárias e transcendem as tendências das estações.

“Estamos focando nossa produção em unidades franqueadas e de conveniência inseridas nas academias cariocas. Estamos ampliando a produção de itens como bolsas, faixa de cabelo, garrafinhas, tops, bermudas, vestidos, macacões, blusas, body, calças, casacos, maios, regatas, sunguetes e sungas. Esperamos não apenas dobrar a produção como também faturar mais”, planeja o diretor executivo da marca André Luiz Soares Pereira.

Na avaliação do presidente da ABF seccional Rio de Janeiro, Alain Guetta, mais que abrir franquias, o empresariado do setor de moda quer qualificação profissional e qualidade nos produtos. “O segmento tem maturidade, não quer apenas inchar o mercado e sobrecarregar com lojas. Os empresários buscam operadores com perfil que se agrega aos negócios que oferecem. Buscam pessoas que não tenham apenas capacidade financeira para investir, mas também dedicação para fazer o negócio prosperar”, avalia Guetta.

Por: Portal Varejo

Varejo deve se preparar para o aumento de consumo

Melitha Novoa Prado, consultora de varejo e franchising, fala sobre as atitudes do Governo que beneficiariam o setor

A maior distribuição de renda iniciada no Governo Lula deve ser um dos focos do atual Governo. Esse fato desencadeia maior consumo, algo benéfico para o setor varejista. “Porém, preocupa-me a falta de infraestrutura para atendimento de maior demanda, que pode ocasionar uma série de problemas de desabastecimento e insatisfações dos novos consumidores, com grande ânsia de consumo e poder de compra”, pondera Melitha Novoa Prado, consultora de varejo e franchising nas áreas jurídica e estratégica.

A consultora aconselha que, antes de mais nada, as empresas se preparem para o exigente cliente da classe C, investindo em logística e distribuição; serviços de atendimento ao cliente; assistência técnica; treinamento de vendas e comunicação. “Há muita facilidade, hoje, de se usarem os canais de Internet como centros de suporte online, por exemplo, com atendimentos virtuais e SAC's eficientes. Há muito o que ser feito também na hora da venda, já que o cliente bem orientado sobre um produto costuma escolher melhor o que comprar e não se frustra. As empresas precisam pensar nos detalhes, que podem custar pouco e fazer a diferença”, diz.

A parte do Governo

Não são só as empresas que precisam se empenhar para atender melhor. “O Governo Dilma também precisa fazer sua parte na concretização das reformas política, tributária e trabalhista. Esses três fatores atingem diretamente o setor varejista e o franchising e sem a flexibilização das leis à situação atual não haverá desenvolvimento. Não existe opção de se iniciar uma novo negócio com possibilidade de crescimento num país ainda tão atrasado politicamente, com tantas falcatruas públicas envolvendo corrupção e leviandade. É realmente assustador e ainda muito penoso assistirmos o nascimento de uma juventude tão empreendedora, com sangue nas veias e com força de realização, num país tão próspero e promissor, mas ainda tão atrasado em questões legais, éticas e políticas”, completa.

Especificamente para o Franchising, também será importante uma reforma na Lei 8.955/94, que rege o sistema no Brasil. “Algumas propostas já tramitaram na Câmara, mas é preciso que haja um estudo amplo da matéria e que os representantes do sistema sejam ouvidos. Com as reformas citadas, certamente o desenvolvimento brasileiro será acima do previsto”, finaliza.

Por: Portal Varejo

Franquia de serviço é boa opção de investimento

A cada início de ano, investidores costumam ir em busca de informações que apontem quais os mercados mais interessantes para se atuar. Em se tratando de franchising, Melitha Novoa Prado, consultora jurídica e estratégica que acompanha o sistema há duas décadas, é categórica: franquias de serviços – como lavanderias; costura e sapataria; serviços financeiros, turismo, entre outros – são boas opções.

É a tão comentada ascensão econômica da classe C, um polpudo grupo composto por cerca de 100 milhões de habitantes, que sustenta a visão da consultora. “A classe C realmente entrou com tudo no mercado. Almejam viver e consumir como a classe B, seu espelho. E, ainda que seja em ‘suaves prestações’, estão adquirindo imóveis, veículos, notebooks e eletrônicos, entre outros desejados itens.”

Melitha afirma que a indústria vem aumentando sua capacidade produtiva para atender a demanda – algo normal no mercado. Porém, o país está carente de infraestrutura – e é por esta razão que novas franquias de serviços são bem-vindas. “Diante desta realidade é impossível negar que tais negócios podem ser considerados extremamente atrativos”.

A consultora vai além: o setor de serviços não deve apenas atrair a classe C como consumidora, mas também, como potenciais investidores. “Eles são o futuro do varejo. As marcas devem se preparar para essa nova classe emergente, não apenas com produtos e serviços mas também com estrutura de atendimento. Isso é fundamental.”.

E o setor de alimentação?

O setor de alimentação é sempre um dos mais procurados por investidores interessados em abrir uma franquia. Porém, trata-se de um negócio que requer sacrifício pessoal. “Não é fácil trabalhar duro enquanto todos se divertem”, resume a consultora.

Outra questão que vem comprometendo novos negócios na área de alimentação é a exigência ou preferência de algumas franqueadoras por operações em shopping centers. “São pontos muito disputados e caríssimos. Muitos investidores acabam desanimando e partindo para outros setores”, finaliza.

Marcas brasileiras em solo lusitano

O forte crescimento do franchising no Brasil também estimula os franqueadores rumo à internacionalização das suas marcas. Já existem 68 redes brasileiras em 49 países de todos os continentes, totalizando mais de 700 unidades. E o principal destes destinos é Portugal, onde já se instalaram 29 marcas de franquias brasileiras.

Segundo o gerente de relacionamentos da ABF, Rogério Feijó, “o mercado português é uma excelente porta de entrada para a Europa, assim como adequado para as empresas brasileiras que estejam iniciando seu processo de internacionalização. Não é um mercado fácil, nem extenso, porém, fatores como idioma e similaridade cultural, por exemplo, podem servir como base de apoio para uma expansão na Europa, Oriente Médio e norte da África, amparados pelos acordos bilaterais entre Brasil e Portugal, assim como o fato do país fazer parte da União Européia”.

O gerente de expansão do Grupo Ornatus, Eduardo Morita, lembra que a decisão da Morana em fincar sua bandeira em Portugal ocorreu em 2006, quando a marca atingiu seu 4º ano de existência. “Na realidade, desde quando a Morana foi criada, imaginamos a marca atuando em mercados internacionais, ou seja, adotamos o modelo de trabalho de países da Ásia e EUA, onde o negócio tem esse molde.

Portugal foi o destino escolhido para iniciarmos este processo pela facilidade da língua. Estamos baseados no Porto, mas nosso próximo passo é Lisboa, que possui todas as nuances de uma cidade européia economicamente ativa”.

Com a Hope, o processo foi diferente: “Tínhamos interesse em levar a Hope para a Europa, porém, antes disso, fomos procurados por investidores portugueses que já conheciam a grife e estavam interessados em levá-la para Portugal” – detalha Carlos Eduardo Padula, gerente comercial da Hope Lingerie. “Hoje, temos três lojas por lá: Lisboa, Porto e Leria” - completa ele.

Estratégias

Apesar da facilidade da língua, implantar franquias brasileiras em solo português exige alguns cuidados. Um deles é conhecer bem o perfil do consumidor, para saber se o que está sendo oferecido é aquilo que desejam comprar. “Encomendamos uma pesquisa

sobre os hábitos de consumo do povo local para a oferta de produtos naturais e saudáveis e o resultado foi altamente favorável. Diante disso, não tivemos dúvidas em levar a Mundo Verde para Vila Nova de Gaia, região do Grande Porto. Nossa expectativa, para os próximos três anos, é chegar à Lisboa. Poderia ter acontecido antes, não fosse crise européia que tem apresentado impacto relevante em Portugal” - revelou Donato Ramos, diretor de marketing da Mundo Verde.

“O ideal mesmo é desenvolver uma pesquisa para a realização do focus group e depois partir para um levantamento mais quantitativo. No caso da Morana, realizamos um trabalho mais empírico, ou seja, de tentativa e erro. Implantamos e testamos alguns modelos de trabalhos que nortearam os passos seguintes, e assim sucessivamente.

Neste processo, adaptamos nosso mix de produtos criando, por exemplo, peças para o público masculino, o que não é feito por aqui, para atender à demanda local. Outra aposta foi ampliar o leque de ofertas de produtos com maior apelo artesanal, pois o europeu dá muito valor a isso” - garante Morita.

Já a Hope decidiu apostar justamente em seu diferencial, ou seja, oferecer uma lingerie com toda a “bossa” e sensualidade brasileira. “Nunca nos arrependemos disso, porém, passamos a ter que competir com os “players” locais, grandes marcas e redes que estão presentes de forma massiva em toda a Europa. Por isso, nossa estratégia em Portugal, diferente do Brasil, é atuar como marca de nicho” - pondera Padula.

Dificuldades

Mas nem tudo que reluz é sempre ouro, já dizia o velho ditado. Dificuldades também existem e é importante dar atenção à elas. “Apesar de gostar do que produzimos e da excelente repercussão das novelas brasileiras exibidas por lá pela Globo e Record Internacional - que mostram muito da moda, música e costumes brasileiro - o lusitano é bastante conservador na hora da compra. Por isso, é bom não misturar admiração com negócios” - acredita o gerente de expansão da Morana.

“A distância e a sazonalidade climática são fatores que já nos fizeram trabalhar muito para alinhar nossos cronogramas de ações de marketing e coleções” – ressalta Eduardo Padula.

“A maior dificuldade enfrentada no processo de implementação da Mundo Verde em Portugal foi o reconhecimento da marca e o relacionamento com fornecedores locais. Hoje, o momento é outro: nos últimos anos, diversas marcas brasileiras chegaram ao mercado português e desenvolvem um excelente trabalho de fortalecimento da “marca Brasil” - explica Donato Ramos.

E é esse fortalecimento que inspira as marcas brasileiras a apostarem cada vez mais na expansão dos seus negócios.“Portugal, hoje, é o maior receptor de marcas brasileiras de franquias. E boa parte delas atua há bastante tempo neste mercado. Porém, se analisarmos os setores de atuação dessas vinte e nove marcas veremos o quanto heterogêneo eles são. Ou seja: há muitos outros conceitos com espaço para crescer neste país. O que justifica o interesse das empresas de participarem do Pavilhão Brasileiro

na próxima ExpoFranchise 2011, promovido pela ABF e APEX-BRASIL, que acontecerá em Lisboa nos dias 13, 14 e 15 de maio próximo” – completa Rogério Feijó.


fonte - portal do varejo

Classe C domina o país

As classes DE estão em grande ascensão no Brasil: cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que passou a ser a maior do país, com mais de 101 milhões de pessoas, representando 53% da população. É o que aponta O Observador 2011, pesquisa encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs.

Com isso, abrem-se novas oportunidades no mercado de crédito, segundo o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen, que analisa a mudança da pirâmide social que, hoje, é como um losango: tem 25% da população nas classes DE (47,9 milhões) e uma classe C mais ampla que as classes AB (42,19 milhões, 21% da população) e DE somadas.

OTIMISMO

A pesquisa indica também que o brasileiro está otimista com o país e para o ano de 2011, que espera mais crescimento (60%), mais consumo (53%), mais crédito (52%) e o PIB em alta (39%). As classes DE, por sua vez, se dizem “entusiasmadas” com o Brasil de hoje.

O contentamento geral com o país está em elevação: o Brasil foi o mais bem avaliado em 2010 entre os 13 países em que a pesquisa é realizada, ressalta o vice-presidente da empresa, Miltonleise Carreiro Filho.

Mais de 50% dos brasileiros acreditam que o padrão de vida, a situação financeira, a capacidade de compras para o lar e os investimentos vão crescer em 2011.

RENDA MÉDIA

De acordo com a pesquisa, 2010 foi um ano de grande aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões, uma alta que se mostrou mais acentuada nas classes DE, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados é de R$ 809,00. Esse valor é 48,44% maior do que em 2005, ano do início da pesquisa no país (R$ 545,00).

RENDA DISPONÍVEL

Já a renda disponível (rendimento total da família menos os gastos) cresceu 45,22% em relação a 2009, chegando a R$ 200,64.

GASTOS

Com mais renda, os gastos médios também aumentaram de 2009 para 2010, como indicam os exemplos abaixo:

GASTO MÉDIO

Supermercado - R$ 375,00

Energia elétrica - R$ 74,00

Aluguel - R$ 299,00

Remédios - R$ 88,00

Transporte coletivo - R$ 71,00

Gás - R$ 41,00

Água e esgoto - R$ 40,00

Condomínio - R$ 50,00

Vestuário - R$ 198,00

Prestações - R$ 184,00

Lazer - R$ 113,00

Educação - R$ 274,00

Convênio Médico - R$ 127,00

Seguros - R$ 231,00

Previdência Privada - R$ 123,00

Além do aumento dos gastos com seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos, outros dados chamam a atenção, como, por exemplo, o fato de que, em todas as regiões, o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do telefone celular.

INVESTIMENTOS

Com o aumento da renda média disponível, mais brasileiros fizeram investimentos em 2010 do que em 2009. E cresceu a proporção de aplicadores em todos os segmentos, embora o valor médio investido tenha diminuído.

INTENÇÃO DE COMPRA

A pesquisa registrou aumento da intenção de compra em 2011 em todos os itens analisados, com destaque para móveis, decoração, entretenimento (TV, vídeo, HiFi), viagens e lazer.

MEIOS DE PAGAMENTO

O Observador 2011 indica que o brasileiro pretende pagar a maioria dos bens que vai adquirir em 2011 à vista, embora em 2010 já tenha aparecido uma tendência maior de financiamento de itens de maior valor como propriedades, carros e motos.

No ano passado, mais de 60% das compras de carros, geladeiras, fogões e televisores, por exemplo, foram financiadas.

POUPANÇA x GASTOS

A pesquisa aponta que 79% dos pesquisados pretendem economizar mais em 2011, mas 48% também pretendem gastar mais neste ano.

INTERNET E CONSUMO

O acesso à internet deu um salto em 2010 e 41% dos brasileiros maiores de 16 anos (mais de 58 milhões de pessoas) utilizam a rede, que em geral, é utilizada para obter informações sobre compras que serão realizadas depois em lojas. Isso ocorre, em especial, nas aquisições de serviços e produtos como televisores, vídeos, HiFi, lazer, viagens e itens culturais.

Em 2010, 20% da população indicou já ter feito compras virtuais, com o crescimento dos pagamentos com boleto bancário e depósitos bancários. Os que optaram pelo uso de cartões de crédito buscavam parcelamento do pagamento.

CONSCIÊNCIA NO CONSUMO

A pesquisa mostra que apenas 26% dos entrevistados comparam as taxas de juros, antes de escolher aonde vão fazer compras financiadas. Além disso, as classes DE se preocupam mais com o valor das prestações. Segundo o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen, esse “é mais um indicador de que o foco da empresa deve se manter na educação financeira, cada vez mais importante num país em que a classe C é dominante. A empresa tem como missão contribuir para a melhoria do bem-estar das famílias, oferecendo produtos financeiros diretamente e por intermédio do varejo, que possibilitam o acesso ao consumo e promovem a ascensão social, respeitando o poder aquisitivo familiar”.

O vice-presidente da empresa, Miltonleise Carreiro Filho, lembra ainda a importância de levar informações de qualidade e de fácil compreensão ao consumidor brasileiro: “A Cetelem BGN mantém um site com orientações de consumo responsável – www.creditoresponsavel.com.br – que visa ajudar o brasileiro a tomar crédito com consciência e equilibrar suas finanças”.

fonte - portal do varejo

Vendas no varejo recuam 0,4% em fevereiro, aponta IBGE

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro caiu 0,4% em fevereiro, na comparação mensal, com ajuste sazonal, após nove meses seguidos de taxas positivas, segundo mostrou, nesta terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, a receita nominal ficou estável. As vendas no acumulado no ano registraram alta de 8,2% e, nos últimos 12 meses, de 10,4%. Já a receita nominal tem alta de 13,2% no acumulado no ano e de 14,4%, em 12 meses.

Das dez atividades pesquisadas pelo instituto, três registraram taxas positivas quanto ao volume de vendas: tecidos, vestuário e calçados (1,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%); e combustíveis e lubrificantes (0,1%).

Na outra ponta, apresentaram resultados negativos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%); veículos e motos, partes e peças (-1,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(-1,4%); material de construção (-1,5%); móveis e eletrodomésticos(-2,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação(-3,1%); e livros, jornais, revistas e papelaria(-4,7%).

Sobre 2010

Na comparação anual, todas as atividades analisadas apontaram crescimento. A maior alta foi registrada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 20,5%. Segundo o IBGE, esse resultado reflete as condições favoráveis de crédito, a manutenção do crescimento do emprego e do rendimento e a estabilidade de preços. Em seguida, exercendo a segunda principal contribuição para o índice geral, aparece o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 2,3%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico subiram 12,2%; tecidos, vestuário e calçados, 13,6%; combustíveis e lubrificantes, 7,3%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 10,4%; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 14,6%; e livros, jornais, revistas e papelaria, 13,9%.

Por região

Segundo o IBGE, a atividade varejista cresceu em 27 unidades da federação em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques partiram de Tocantins (31,1%); Paraíba (30,6%); Maranhão (20,2%); Acre (16,0); e Minas Gerais (14,6%).
Fonte: G1

Dia das Mães deve abrir 28 mil vagas temporárias no Brasil, diz Asserttem

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) prevê a abertura de 28 mil vagas temporárias para atender a demanda do comércio em decorrência do Dia das Mães, comemorado no dia 8 de maio deste ano. Em 2010, foram abertas 26 mil vagas e o índice de efetivação ficou em 10%, mesmo previsto para este ano.

A maior parte das vagas estão nas regiões Sudeste (14.336), Nordeste (5.474) e Sul (5.040). Já a previsão para o Centro-Oeste é de 1.786 vagas, e para o Norte, de 1.347.

Segundo a pesquisa, encomendada pela Asserttem ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema), cerca de 37 mil contratos firmados para a Páscoa podem ser prorrogados devido à proximidade entre as duas comemorações. No total, a expectativa é de que 65 mil trabalhadores sejam empregados no período e que 10% permaneçam como funcionários efetivos.

Historicamente, o Dia das Mães é considerado pelos lojistas como a segunda data comemorativa que mais movimenta o comércio – a primeira é o Natal – no volume de vendas e na quantidade de trabalhadores temporários. Mas neste ano a Páscoa ocupará o segundo lugar. “O aquecimento da indústria de chocolates e derivados, cuja projeção de crescimento das vendas é de 10% sobre 2010, contribui para esta inversão”, explica Vander Morales, presidente da Asserttem.

A maior parte das vagas, 70%, possivelmente será ocupada por pessoas com idades entre 18 e 39 anos. Aproximadamente 4,2 mil candidatos contratados (15%) serão jovens em situação de primeiro emprego.

Para o Dia das Mães as vagas são nas seguintes funções: atendimento, crediário, telemarketing, vendas, repositor, promotor de vendas, estoquista, fiscal de loja e fiscal de caixa. As contratações serão feitas principalmente pelos setores de roupas, acessórios, perfumaria e aparelhos eletroeletrônicos.

As vagas exigem ensino médio completo, disponibilidade de horário, disposição para trabalhar em equipe, boa comunicação e dinamismo. Experiência anterior não é necessária.

Segundo Morales, a remuneração média é de R$ 900, podendo oscilar entre R$ 700 e R$ 1,6 mil, com direito a benefícios como vale-transporte e vale-refeição. “O salário médio deste ano está 20,8% maior do que em 2010, cujo valor foi de R$ 745. O motivo é a valorização daqueles que têm alguma qualificação. Está difícil encontrar candidatos que se enquadrem nos requisitos mínimos exigidos”, explica Morales.

Do total nacional, 58% dos postos de trabalho deverão ser preenchidos por homens e 42% por mulheres.

Em 2010, segundo levantamento da Asserttem, as vagas de trabalho temporárias abertas em picos sazonais como Páscoa, Dia das Mães, Férias de Julho e Natal significaram primeiro emprego para 67,5 mil jovens em todo o Brasil.
Fonte: G1

Intenção de compras cresce com Dia das Mães e Dia dos Namorados

O consumidor de São Paulo pretende comprar mais neste segundo trimestre, impulsionado por datas fortes para o varejo, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. A Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo, do Programa de Administração do Varejo (Provar), da FIA, mostrou que 73,8% dos entrevistados pretendem comprar entre abril e junho pelo menos um dos produtos das diferentes categorias de varejo pesquisadas, o que representa uma elevação de 2 pontos percentuais em relação ao apurado no primeiro trimestre do ano.

Segundo o coordenador geral da Provar, Claudio Felisoni de Angelo, as datas sazonais costumam resultar em aumento na intenção de compras de bens duráveis, principalmente, nas categorias Telefonia e Celulares e Eletroeletrônicos.

Na comparação com o segundo trimestre de 2010, quando a intenção de compra era de 74,6%, houve uma leve redução na passagem anual.

A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a dez categorias de produtos: Linha Branca; Eletroeletrônicos; Telefonia e Celulares; Informática; Automóveis e Motos; Cine e Foto; Material de Construção; Cama, Mesa e Banho; Móveis e Eletroportáteis.
Fonte: Valor Online

Quando recupera emprego, inadimplente pensa primeiro em repor a qualidade de vida

A perda do emprego ainda é o principal motivo para a inadimplência dos consumidores. A maioria dos inadimplentes, contudo, já poderia ter pagado as contas, pois recuperou a renda no ano passado. “Mas a prioridade quando voltam ao mercado não é renegociar as dívidas, é repor a qualidade de vida”, afirma o economista da associação, Emílio Alfieri.

De acordo com a ACSP (Associação Comercial de São Paulo), a perda do emprego é motivo da inadimplência de 56% dos consumidores. Essas dívidas, segundo o economista da associação, foram feitas entre 2008 e 2009, período em que a crise começou a apresentar seus efeitos na economia do País.

“Em setembro de 2010, apenas 3% dos consultados haviam perdido o emprego. Em 2009, 29% haviam perdido seus empregos e em 2008, 21% afirmaram o mesmo”, diz. Hoje, de acordo com Alfieri, 80% dos consumidores inadimplentes consultados pela associação já conseguiram recolocação no mercado.

Ou seja, ainda que eles tenham recuperado a renda para quitar os débitos, eles esperam até recompor a qualidade de vida que tinham antes da perda do emprego para depois pensarem em pagar as contas. “Eles pensam que como o nome está na lista de inadimplentes, então, eles resolvem depois. A prioridade é a qualidade de vida”, afirma o economista.

Quando analisadas as faixas de renda, 61% daqueles com ganhos de até um salário mínimo afirmaram que esse é o principal motivo, ao passo que entre aqueles com renda de um a dois mínimos, 65% disseram que a perda do emprego motivou a inadimplência. Entre aqueles com renda de três a cinco salários mínimos, o percentual cai para 44%.

Cautela por conta das medidas do Governo?

O descontrole dos gastos é hoje o segundo motivo da inadimplência dos consumidores, mas sua participação dentre as razões para o não pagamento de dívidas pode cair ao longo dos próximos meses, principalmente entre os emergentes, como um sinal dos ajustes realizados pelo Governo para conter o consumo e a inflação.

Entre aqueles com renda de dois a três salários mínimos, o descontrole foi citado por 23% dos entrevistados. Em setembro, 25% citaram esse motivo como o principal para a sua inadimplência. Embora pequena, a queda, segundo Alfieri, vem sendo registrada desde o fim do ano, o que pode demonstrar certa cautela por parte do consumidor emergente.

“Não há nenhum motivo que salte aos olhos para essa queda. A única razão é que pode, sim, estar havendo uma cautela maior por parte dos consumidores por conta das medidas macro prudenciais do Governo”, afirma. O economista considera, no entanto, que é cedo para traçar qualquer tendência e verificar se, de fato, as medidas de contenção do crédito serão sentidas pelos consumidores.

Os dados da associação, divulgados na última semana, mostram que, para os consumidores com renda de até um salário mínimo, o descontrole dos gastos é motivo de inadimplência para 13% e para aqueles com renda de três a cinco, a representatividade fica próxima a 17%.

Para o economista da associação, as medidas podem não ser as únicas razões para a queda da inadimplência dos consumidores de faixa intermediária. Alfieri acredita que, em certa medida, a educação financeira melhorou no País. “Não é o principal motivo para a queda, mas melhorou”, afirma. De maneira geral, o descontrole dos gastos é motivo para inadimplência de 14% das pessoas consultadas pela associação em abril.

Mudanças

Para o economista, ainda que as medidas do Governo façam efeito, não deve haver mudanças significativas no perfil do inadimplente nos próximos meses. “O que pode acontecer é que a inadimplência suba para todas as faixas de renda. As medidas, sozinhas, são suaves, mas acumuladas podem provocar algum efeito na inadimplência”.
Fonte: Info Money Pessoal

Classe C será a principal compradora de chocolates na Páscoa

A classe C deve despontar entre a base de consumidores responsável pela maior parte dos gastos com bombons e chocolates na Páscoa deste ano. A terceira faixa da pirâmide econômica movimentará, em 2011, R$ 769 milhões, o equivalente a 40% do mercado sazonal de chocolates e bombons.

Respondendo por 39,1% desse mercado, e um valor da ordem de R$ 751 milhões, está a classe B, que irá segurar o segundo lugar nas compras da data. Já o consumo da classe A, onde se localizam os mais abastados, será equivalente a R$ 204 milhões - 10,6% do potencial de consumo desses produtos nesta época do ano. Por fim, as classes D e E ficam com a parcela de 10,3%, representando o valor significativo de R$ 197 milhões.

Os dados foram apurados pelo diretor da IPC Marketing Editora, Marcos Pazzini, ao puxar os primeiros números do IPC Maps 2011, banco de dados que mapeia anualmente (no mês de maio) cada um os municípios brasileiros por itens e categorias sociais de consumo do mercado.

Os dados apurados pelo pesquisador apontam que o comércio de bombons e chocolates, exclusivamente na Páscoa, devem movimentar o equivalente a R$ 1,9 bilhão no mercado nacional. Ao longo do ano, os gastos com doces em geral serão superiores a R$ 21 bilhões. Destes, R$ 5,2 bilhões somente no consumo de chocolates e derivados.

Páscoa

Embora pressionada pela alta dos custos da manteiga de cacau e do papel, a indústria de chocolate não irá repassar o percentual total deste aumento para o preço do ovo de Páscoa, que deverá ser mantido no mesmo patamar do ano passado.

Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), os produtos serão embalados em um papel mais fino, com o mecanismo de diminuição da gramatura da embalagem, para redução de valores ao consumidor.
Fonte: Info Money Pessoal

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Consumidor cauteloso afeta expectativa do varejo para a Páscoa

O otimismo dos empresários para a Páscoa deste ano recuou em relação à mesma data em 2010, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta quinta-feira.

Em 2011, 49% dos entrevistados esperam aumentar o faturamento, ante 58% no ano passado. Outros 33% projetam repetir o crescimento e 18% preveem redução.

Para os economistas da entidade, a evolução do endividamento e da inadimplência do consumidor aliada aos juros mais altos do crédito reduzem as expectativas de maior crescimento.

Na análise por porte, 78% dos grandes empresários do varejo acreditam em expansão na receita, número superior à expectativa nas médias (60%) e nas pequenas (46%).

Para os empresários, metade das vendas serão à vista, repetindo a composição da Páscoa do ano passado.

A pesquisa com 886 executivos do varejo em todo o país foi realizada entre 14 e 22 de março.
Fonte: Folha Online

Inadimplência sobe 4,3% em março, dizem lojistas

A taxa de inadimplência subiu 4,3% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira (7) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No primeiro trimestre, a taxa avançou 1,81%.

Segundo os representantes dos lojistas, os principais fatores que contribuíram para este resultado foram o aumento das vendas a prazo, impulsionadas por maiores facilidades no crédito e alargamento nos prazos de pagamento.

'Sinal amarelo'

"Acendeu o sinal amarelo para o varejo. Os números de março não são bons. Estamos achando que a inadimplência vai continuar subindo. O que deve acontecer é que o varejo vai se tornar mais exigente na concessão do crédito. O comércio deve ficar mais cauteloso", disse Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.

Na comparação com fevereiro deste ano, porém, a inadimplência avançou 22,6%. "Março, historicamente, ainda registra inadimplência das compras de Natal parceladas e não pagas em função dos compromissos do início de ano, como impostos (IPTU e IPVA), que comprometem a renda das pessoas, contribuindo para o aumento da inadimplência", avaliou a entidade.

A CNDL lembra que sua base de dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, mas não inclui as operações com cartões de crédito. As transações com cartões de crédito absorvem cerca de 20% do volume total de operações, segundo estimativas da entidade.

Consultas

A CNDL e o SPC Brasil informaram também que o número de consultas realizadas caiu 5,17% em março deste ano, contra o mesmo mês de 2010. "O ciclo de aperto monetário [subida dos juros] vem exercendo pressão negativa no custo do crédito e consequente desaceleração no ritmo de vendas", informaram as entidades. No trimestre, porém, as consultas subiram 1,43%.

Também foi registrado em janeiro uma queda de 8,69% no cancelamento de registros de inadimplência, também frente a março do an passado. Segundo a CNDL e o SPC Brasil, isso se deve ao custo "mais caro" do crédito". "Os consumidores acabam usando esse crédito mais caro em excesso, sem fazer um planejamento do seu orçamento", avaliou a CNDL.
Fonte: G1