sexta-feira, 30 de julho de 2010

Varejo independente tem poucos benefícios com abertura do mercado de cartões

A queda das taxas de transação e do preço de aluguel de máquinas (terminais POS) tão aguardada pelo comércio com a abertura da indústria de cartões, desde que mais de uma credenciadora passou a capturar as bandeiras Visa e Mastercard, pode frustrar as expectativas.
De acordo com Claudio Oliveira, diretor executivo comercial da Redecard, poucas serão as vantagens sentidas pelos varejistas que não optarem por uma credenciadora, já que o valor das taxas de transação aplicadas não deve mudar de imediato.
"Em nenhum momento podemos exigir exclusividade do lojista, mas aquele que continuar do jeito que estava, com mais de um parceiro, vai ficar do mesmo jeito", diz Oliveira e justifica: "É uma questão de matemática.Centralizando as transações ele fica com um faturamento maior para a credenciadora e, com ele, conquista melhores condições."
Segundo o executivo, os clientes que já fidelizaram já sentiram ainda neste primeiro mês as taxas cairem. Apesar disso, o benefício ainda deve ficar aquém do pequeno varejo.
"O grande varejo já tinha taxas melhores. Ele precisa atingir certo valor no faturamento para ter essas vantagens. Os pequenos não têm essa dimensão. As vantagens para o pequeno devem ficar mais na redução de custos com o aluguel de equipamentos, mas desde que também fidelizem", afirma Oliveira.
Se as taxas não baixam sozinhas simplesmente porque agora há concorrência no mercado de adquirência, o fim da exclusividade de bandeiras abre espaço para a negociação, o que antes não era possível, já que o comerciante só podia lidar com um único fornecedor para cada uma delas.
Não é a situação ideal, mas já é um começo. É possível agora que cada varejista ouça todas as propostas, peça descontos e decida pela credenciadora que mais lhe convir.

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