quinta-feira, 29 de julho de 2010

Taxa de desemprego no Grande ABC cai para 12,5%

Após dois meses de estabilidade, o desemprego no Grande ABC diminuiu em junho. O contingente de desocupados foi reduzido em 5 mil pessoas, passando a 176 mil.

No mesmo período, 20 mil pessoas conseguiram uma ocupação, totalizando 1,235 milhão de trabalhadores na região - melhor saldo desde agosto de 2008, quando o estoque era de 1,227 milhão.

Isso são o que apontam os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Seade/Dieese (Sistema Estadual de Análise de Dados/Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que mensura a entrada e a saída do mercado de trabalho tanto de empregados com registro em carteira como informais.

A diferença entre diminuição do número de desempregados e o aumento da quantidade de empregados se explica pela entrada de pessoas no mercado de trabalho.

Em junho, 15 mil pessoas a mais passaram a buscar por uma ocupação, elevando a PEA (População Economicamente Ativa, composta pela soma do total de ocupados e de desocupados) para 1,411 milhão - marca nunca atingida na série histórica, iniciada em maio de 2003.

"O impacto na redução do desemprego só não foi maior porque muita gente entrou no mercado de trabalho", avalia Alexandre Loloian, gerente de pesquisas do Seade.

Como a PED não disponibiliza dados por setor de atividade econômica, não se sabe, ao certo, quais segmentos mais abriram postos de trabalho. Porém, como o Grande ABC está inserido na região metropolitana de São Paulo, é possível correlacionar.

Na Região Metropolitana, 68 mil pessoas conseguiram uma ocupação, sendo que 20 mil dessas vagas foram geradas na região - cerca de 1/3 dos postos de trabalho. "O crescimento do emprego no Grande ABC foi de 1,6%, o dobro da Região Metropolitana, que aumentou 0,7%."

O setor de serviços foi o que mais empregou em junho, com 65 mil postos. Na sequência, aparece o comércio, com abertura de 20 mil oportunidades. A indústria, na contramão, encerrou 24 mil vagas no mês passado.

"Podemos atribuir o aumento de ocupações no Grande ABC, portanto, aos setores de serviços e comércio. Apesar do resultada da indústria, o segmento cresceu muito fortemente até janeiro, e agora entra em uma fase de ajuste", explica Loloian.

De acordo com o gerente do Seade, a expectativa para os próximos meses é que continue havendo aumento na oferta de emprego, porém, em um ritmo mais lento.

São Bernardo tem boletim econômico on-line

Pensando em disponibilizar e analisar informações socioeconômicas do município de São Bernardo, o Departamento de Indicadores Sociais e Econômicos da Secretaria de Orçamento e Planejamento Participativo da prefeitura publica em seu site, pelo quarto mês consecutivo, o Boletim Econômico - Cidade em Números (http://www.saobernardo.sp.gov.br/dados1/arquivos/boletim/index.html).

Entre os dados que constam na publicação online encontram-se os índices de emprego do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e do Seade /Dieese (Sistema Estadual de Análise de Dados/ Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) referentes aos números de São Bernardo. O MTE reúne somente informações do emprego com carteira assinada e o Seade/Dieese aborda o mercado de trabalho como um todo, incluindo formais e informais.

É possível acessar, ainda, dados sobre as receitas e as despesas da prefeitura, verificando o quanto é arrecadado e o quanto é gasto.

Além disso, há os números de importação e exportação da balança comercial da cidade, elaborada pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Segundo Ricardo Gaspar, diretor em exercício do Departamento de Indicadores Socioeconômicos da prefeitura, o objetivo é oferecer ao munícipe instrumentos de acompanhamento da economia de São Bernardo.

"No boletim nós tanto apresentamos como analisamos os indicadores econômicos. A ideia é, eventualmente, disponibilizarmos essas informações também em uma publicação impressa", explica Gaspar.
Fonte: Diário do Grande ABC

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