segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Indústrias de sorvete esperam alta de 15% na produção deste ano

A expectativa se refere à comparação com 2009, quando foram fabricados 995 milhões de litros. A estimativa é da Abis (Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete). Marcas como Kibon, Jundiá e La Basque esperam crescimento na demanda de 10% a 25%.
O consumo de sorvete no País cresceu 40% entre 2002 e 2009. A alta se deu principalmente pelo aumento da renda do consumidor com menor poder aquisitivo. “As classes C e D estão comprando produtos que antes não consumiam e o sorvete é um deles”, afirma Eduardo Weisberg, presidente da Abis. Em 2002, cada brasileiro consumia quatro litros do produto por ano. No ano passado, esse volume atingiu 5,2 litros e a expectativa é de que chegue a 6 litros ainda este ano, representando uma alta de 15%.
Segundo dados da Nielsen, nos últimos anos, as marcas regionais, como Jundiá, do interior de São Paulo, e a Zeca’s, de Pernambuco, estão ganhando espaço, devido ao alto custo de transporte que as grandes marcas enfrentam, já que o segmento de sorvetes exige uma estrutura logística refrigerada. Assim, por estarem mais próximas dos consumidores, as marcas locais conseguem margens mais competitivas.
Os bons resultados registrados pelas regionais, impulsionam a distribuição de seus produtos. A Jundiá, por exemplo, espera vender 15% a mais do que em 2009. “Nosso crescimento será sustentado principalmente pela expansão da rede em outros Estados, onde ainda não atuamos”, afirmou Thaíne Cal, gerente de marketing da Jundiá.
Além das marcas locais, as fabricantes de sorvetes premium também estão otimistas. A La Basque, cujos produtos custam até três vezes mais do que os da Kibon ou da Nestlé, acredita que está conseguindo atingir os consumidores da classe C. “Hoje, as pessoas também buscam qualidade e produtos que possam trazer status social”, explica José Alberto Ventura, diretor executivo da La Basque. A empresa tem sua distribuição concentrada em redes de supermercados voltadas para a classe A, como Pão de Açúcar e St Marche. A estimativa de crescimento nas vendas é de 25% em relação a 2009.
Fonte: IG

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