segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Yoki incomoda multinacionais e deve crescer 15% em 2010

Com previsão de faturar R$ 1,1 bilhão em 2010, a Yoki é uma empresa familiar que incomoda, e muito, gigantes como Nestlé, Pepsico e Unilever. Com um portfólio de mais de 600 itens, fabricados por 4,1 mil funcionários em oito fábricas, a empresa disputa as primeiras posições em vendas de categorias como bebida de soja, sopas, caldos, temperos prontos, salgadinhos e misturas para sobremesa. “Vamos crescer 15% em 2010. Para o Nordeste, a expansão será de 20%”, afirma Gabriel Cherubini, vice-presidente e genro do fundador da Yoki.

Empresa familiar, a Yoki tem boa parte de suas decisões tomadas por herdeiros do fundador Yoshizo Kitano. A companhia tem recebido insistentes propostas de bancos e fundos de investimento, mas garante que continuará recusando. “Os fundos de private equity vêm aqui uma vez por semana”, afirma Cherubini. Também não há, segundo o executivo, interesse pela compra de concorrentes.
Entre as estratégias da Yoki está a observação do trabalho das empresas líderes para criar alternativas às linhas mais sofisticadas de produtos – com preços menores, sempre que possível. Um exemplo ocorre na linha de salgadinhos Yokitos, dona de 6% do mercado e voltada, sobretudo, ao público da classe C. “Queremos ser uma alternativa ao Frito Lay (da Pepsico)”, afirma Cherubini. A maioria dos snacks é feita com milho, produto com o qual a Yoki sempre trabalhou.
Aproveitamento de matéria prima também influenciou o ingresso da empresa no segmento de bebidas à base de soja. Com a marca Mais Vita, disputa atualmente a segunda colocação no segmento, com cerca de 10% das vendas – Ades, da Unilever, lidera a categoria. "Esperamos uma expansão de 20% para este ano. O produto existe há dois anos e meio e já tivemos de dobrar a capacidade da fábrica", comemora o vice-presidente.
Em volume de vendas, o principal item do portfólio da Yoki continua sendo a pipoca para micro-ondas. O crescimento da empresa é puxado pelos mercados que concentram o chamado consumidor emergente.
Fonte: O Estado de S. Paulo

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