segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Custo de loja em shopping não deve passar de 15% do faturamento do estabelecimento

Abrir uma loja em shopping center só será uma empreitada lucrativa para quem souber equilibrar a receita com os gastos, que são elevados, comentam especialistas consultados pela Folha.

É preciso avaliar três custos de manutenção: aluguel, condomínio e fundo de promoção da marca do shopping. A cobrança do aluguel, por exemplo, pode ser um valor fixo combinado com a administradora ou um percentual sobre vendas -cobra-se o maior deles.

O total desses custos não deve superar 15% do faturamento do estabelecimento, explica Luiz Alberto Marinho, professor do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

O custo das luvas (valor do ponto pago ao empresário que estava antes no local), que varia de acordo com tráfego, localização e necessidade de venda do ponto, também deve estar na planilha de gastos do empresário.

Mas não são apenas os custos relacionados ao ponto que merecem atenção redobrada. Especialistas recomendam preparar um plano de negócios que também contemple estratégias de marketing para reforçar a marca segundo o nível de demanda do público.

Em um shopping center, pequenos empresários competem com grandes redes de lojas, que possuem estrutura maior, mais recursos para apresentar conceitos e tendências e atrair clientela.

"O novo lojista tem de saber que está ingressando em ambiente altamente profissional e competitivo, não há lugar para experiências amadoras", opina Claudio Guaranys, que coidealizou o planejamento do MBA sobre shopping center na FGV (Fundação Getulio Vargas).

Arrumando a casa

As estratégias de marketing hoje são formatadas de acordo com as necessidades do público-alvo, não mais apenas a partir do produto, segundo Iara Jatene, dona da A6 Arquitetura e Design, que atua com empreendimentos em shoppings há 28 anos.

Ela afirma que materiais, iluminação e decoração devem ser analisados para atender à demanda do cliente e não só reforçar a marca.

Para não perder o alto investimento que deve ser feito, Alberto Oyama, 40, testa o poder de venda da marca contém1g em quiosques. Quando percebe resultados positivos, amplia o negócio para uma loja.

"O custo do aluguel [do quiosque] é alto, mas a vantagem é que as cláusulas do contrato são menos duras."
Fonte: Folha Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário