quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bom momento econômico faz vendas de eletroeletrônicos disparar

A combinação de dólar e inflação em baixa com oferta de crédito e confiança do consumidor em alta na economia brasileira fez com que o volume de vendas dos eletrônicos disparasse em 2010. Caso dos smartphones, cujas vendas cresceram 289%, considerando o valor em unidades no intervalo de janeiro a setembro de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da 7ª Conferência da GfK Retail and Technology Brasil, que acontece na tarde de hoje, 17/11, em São Paulo.
Em busca de maior mobilidade, entretenimento e interatividade, os consumidores estão acelerando a troca de antigos aparelhos eletroeletrônicos por aqueles mais sofisticados. Com isso, a indústria tem investido na nacionalização da produção, levando ao barateamento desses itens, o que incentiva ainda mais as vendas.
A pesquisa da Gfk mostra crescimento em sete das oito categorias de eletroeletrônicos pesquisadas em 2010. “É fantástico, porque dificilmente em outro país do mundo o faturamento cresce em tudo”, afirma José Guedes, diretor-geral da consultoria. No acumulado de janeiro a setembro, o mercado de TVs de LCD, por exemplo, cresceu 85% em unidades e 68% em valor frente ao mesmo intervalo de 2009, movimentando R$ 8,2 bilhões.
A linha branca apresentou ligeira alta, de 1,7% em unidade e 3% em valor, isso porque em 2009 o segmento foi favorecido pela redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). “Já é um ganho enorme, porque as vendas do ramo saltaram 30% no ano passado”, explica Oliver Römerscheidt, consultor da Gfk. Além de que, devido a Copa do Mundo, este ano o consumidor esteve mais apto a compra de TVs de tela plana.
O mercado de fogões foi o único a apresentar queda: -2% em unidades. “É um produto com menor índice de inovação em relação ao refrigeradores e às lavadoras de roupa”, diz Guedes. As lava-louças, por exemplo, cresceram 19% em volume e 38% em valor, pois trata-se de um produto que era quase inexistente no País.
Outra categoria que era inexpressiva e está ganhando competitividade é os aparelhos portáteis, como os navegadores (GPS) que servem como TV digital. Par a italiana Tele System, a área corresponde por 20% da receita da empresa, que deve fechar em R$ 70 milhões este ano. “Começamos com o GPS, mas hoje nosso carro-chefe no segmento é a TV portátil, produzida aqui”, diz o diretor-geral da Tele System. Devido à alta da demanda, a empresa investe para começar a fabricar aqui no Brasil os conversores digitais já a partir de 2011. “Ainda há uma grande base instalada de TVs de tubo e este consumidor vai querer aproveitar o sinal digital”.
Fonte: Redação e Valor Econômico

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