terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Para reverter prejuízo bilionário, Carrefour reestrutura comando

A partir de janeiro do ano que vem, Claudio Gouveia, vice-presidente da filial chinesa da rede de hipermercados, irá trabalhar diretamente com Luiz Fazzio, presidente do Carrefour Brasil há exatos cinco meses. Gouveia irá assumir o cargo de diretor executivo de operação. A posição será dividida com Ricardo Venturini, atual diretor de operação da filial brasileira.

O fator que impulsiona a promoção de mudanças na gestão da filial brasileira, é o rombo contábil de R$ 1,2 bilhão no caixa da unidade, revelado no começo de dezembro. Antes disso, a imprensa francesa divulgou que o Grupo Carrefour estava deixando o Brasil. A informação foi negada e os próprios especialistas de mercado acreditam que tal boato não faz sentido, uma vez que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) estão dominando o crescimento das redes varejistas de todo o mundo.

O Carrefour Brasil informa que Gouveia e Venturini “compartilharão o cargo”, mas não revela quem cuidará do que. A divisão das tarefas deverá ser definida assim que Gouveia assumir o cargo. A empresa explica que, por ser muito complexa e necessitar de dinamismo, a área de operações demanda dois executivos, principalmente num momento como esse. A companhia também garante que Fazzio continuará à frente dos negócios no País e acrescenta que ele foi contratado justamente para promover a reestruturação do grupo.

Perfil
Gouveia é brasileiro, tem 47 anos e atua há 25 na companhia. Ele é reconhecidamente um homem de confiança dos franceses e promoveu um salto no crescimento da operação chinesa nos últimos quatro anos. Em 2009, comandou a abertura de 22 lojas dentre um total de 157. Em 2010, deve inaugurar 25 pontos de venda.

Gouveia tem experiência em mercados emergentes. Antes de chegar à China, em 2006, onde ele acumula a vice-presidência com o comando das atividades da rede em toda a região nordeste do país, ele ocupou posições nas operações do Carrefour em Taiwan, onde foi gerente geral, e na Grécia, onde foi gerente de operações por três anos.
Fonte: Brasil Econômico

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