quinta-feira, 3 de junho de 2010

Consumo das famílias chegará a R$ 3,29 tri em 2020, diz Fecomercio

O consumo das famílias brasileiras poderá atingir R$ 2,22 trilhões até 2013. É essa a projeção do estudo Consumo das Familias Brasileiras até 2020, divulgado nesta quarta-feira (02) pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo). Quando considerado o ano de 2020, a expectativa para o consumo é de R$ 3,29 trilhões.

O estudo identifica que, mensalmente, da despesa total das famílias, cerca de R$ 93,19 bilhões são direcionados ao consumo. Considerando todos os estratos sociais, cerca de 30% dessas receitas vão para habitação, enquanto 17% são direcionados à alimentação.

Para o economista da entidade, Fábio Pina, a dinâmica do consumo da população chamada classe média tem apresentado modificações intensas, mostrando-se casa vez mais qualificada. "Certamente, nos próximos anos, os gastos com alimentos vai representar uma parcela cada vez menor do orçamento, enquanto itens de habitação tendem a ganhar espaço. Essa mudança acontecerá mais fortemente entre as famílias de classe C, D e E", afirma.

Consequências

Ainda segundo o economista, esse aumento no consumo é preocupante. "Como os gastos do governo e o investimento privado têm tendência de crescimento superior ao do PIB no curto prazo, e o consumo das famílias se mantém potencializado, os efeitos deste fenômeno são evidentes: déficit internacional ou inflação", afirma o economista da entidade, Fábio Pina.

A entidade afirma que, com base nos cenários apresentados para o futuro, o próximo governo precisará atuar no gerenciamento das contas para garantir que a previsão de crescimento do déficit em contas correntes - US$ 300 bilhões ou 6% do PIB em 2013 - não se confirmem. "Entre 2010 e 2020 ou o consumo do governo se reduz, ou o investimento cai, ou o consumo das famílias diminui, ou uma combinação desses fatores vai ter que ocorrer por restrições", diz Pina, que completa, "outro efeito, ainda mais nefasto, seria o aumento da inflação, que corrigiria essas distorções e teríamos de volta o pior dos mundos", afirma o economista.

Fonte: Info Money Pessoal

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