segunda-feira, 14 de junho de 2010

Com nova lei, abrir mais lojas reduzirá lucro de varejistas

A retomada da aceleração do ritmo de aberturas de lojas este ano vai reduzir o lucro líquido e a geração de caixa das redes varejistas. Com a entrada em vigor da nova lei contábil, as companhias são obrigadas, a partir de agora, a contabilizar seus gastos pré-operacionais (despesas com aberturas de lojas) no exercício em vigor, ao invés de diluir, como antes, ao longo de cinco anos. Isso está levando as varejistas a priorizarem suas inaugurações no segundo semestre, quando o aumento da receita e do fluxo de caixa minimiza os impactos da nova lei contábil sobre o lucro e o Ebitda anual consolidado.

Mesmo com os anúncios ao mercado no final do ano passado de que pretendem retomar planos mais agressivos de expansão, após a desaceleração vista em 2009, em média menos de 15% das metas das varejistas foram cumpridas no início deste ano, segundo os balanços do primeiro trimestre. No ano passado, quando as alterações da lei 11.638 já estavam em vigor, as despesas pré-operacionais interferiam menos nos resultados das companhias em razão da redução dos investimentos. Para 2010, porém, estes custos vão elevar de forma adicional as despesas com vendas, gerais e administrativas das companhias.

"Todas as despesas com inaugurações terão de ser reconhecidas neste exercício. Isso vai afetar sensivelmente o lucro e o Ebitda, podendo levar a um cenário de prejuízo, caso o investimento seja alto", afirma o sócio-diretor da área de tributos da BDO, Ricardo Bonfá.
Fonte: O Estado de São Paulo

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