quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Inadimplência no varejo


Atualmente, a rede de lojas possui 18 diferentes alternativas de renegociações com os clientes. "É praticamente o dobro do que praticávamos há dois anos", conta José Antonio Rodrigues, diretor de crédito e cobrança da empresa. Outra mudança que gerou resultados positivos foi a ampliação do prazo de pagamento.
Há dois anos, a varejista permitia parcelamento em no máximo dez vezes e hoje já trabalha com pagamento em 14 vezes. A rede, através de sua financeira Midway, prepara-se para iniciar no segundo semestre a administração de seu cartão de crédito próprio com as bandeiras Visa e Mastercard. "Nosso plano prevê a emissão de cerca de um milhão de cartões por ano", afirma Rodrigues

No varejo, a inadimplência varia entre 9% e 10% e o celular é o produto cujo pagamento os consumidores têm mais dificuldades em honrar. "A inadimplência geralmente é alta no segmento de tecnologia". No momento, uma das maiores preocupações dos executivos da Casas Bahia é quanto ao que deve acontecer no segundo semestre deste ano. "O consumidor que perdeu seu emprego por conta da crise está terminando de pagar as dívidas, mas ele já sabe que não poder contribuir com a renda da família nos próximos meses", diz Santos.
Dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostram que a inadimplência no varejo de semiduráveis, como calçados e vestuário, foi de 9,2% em abril, considerando-se apenas os clientes novos. Em março, este índice foi de 8,1%. Em relação aos clientes antigos, a inadimplência foi de 7,6% em abril, contra 7% em março.
No varejo de bens duráveis a inadimplência também cresceu. A taxa registrada referente aos clientes novos foi de 17,9% em abril ante 16,9% em março. Já em relação aos clientes antigos, os problemas com falta de pagamento ficaram em 12,3% em abril e 11,6% em março.
Protestos
Com tíquete médio de R$ 120, a Riachuelo opta por não protestar em cartório os clientes inadimplentes. "Não vale a pena recorrer ao cartório porque nosso tíquete médio é baixo", diz Rodrigues. A Casas Bahia segue a mesma linha. "Em mais de 50 anos de existência nunca adotamos esta prática. Preferimos ter a flexibilidade de negociar com o cliente. O cartório engessa a negociação. Às vezes o cliente deve R$ 100, mas pode pagar apenas R$ 20. Com o cartório envolvido não há flexibilidade", avalia Santos.


fonte: financialweb

Diego S. Pontes

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