terça-feira, 3 de novembro de 2009

ago 09 - Percentual de famílias com algum dinheiro guardado foi o maior já registrado em agosto desde 2006



O percentual de famílias residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro que têm dinheiro guardado ficou em 41,8%, em agosto, de acordo com a Pesquisa de Orçamento Doméstico, realizada pela Fecomércio-RJ. No mesmo mês de 2008, a taxa havia sido de 41,3%. Quanto à intenção de aumentar a reserva já existente, a parcela ficou em 48,7%, ante 60,9%, na mesma base de comparação. No caso de famílias que não possuíam reserva no fim de julho, 15,7% declararam a intenção de economizar, contra 17,6%, no mesmo período do ano anterior.

O percentual de famílias com sobra no orçamento depois de todas as contas de agosto pagas ficou em 34,2%, ante 34,1%, no mesmo mês de 2008. Os entrevistados informaram que utilizariam o excedente para consumir um bem no futuro (33,7%), guardar para uma eventualidade (33,7%) e gastar com lazer (23,7%).

De um ano para outro, a parcela de famílias com orçamento equilibrado, ou seja, sem falta ou sobra, caiu de 45,4%, para 43,9%. Já a proporção de famílias com renda mensal insuficiente para o pagamento das despesas mensais aumentou de 20,5% para 21,9%, na mesma base de comparação. Entre as opções para lidar com a falta de dinheiro, 31,3% deixariam de consumir alguma coisa, 19,9% trabalhariam mais e 18,7% pediriam empréstimo a banco ou financeiras.

Pesquisa sobre Inadimplência Doméstica

A parcela de famílias residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro com alguma conta fixa em atraso em agosto ficou em 17,5%, contra 19,7%, no mesmo período de 2008. Este é o quinto mês seguido que a inadimplência diminuiu, quando comparada à igual período do ano passado. É, também, o melhor resultado obtido para o mês, desde o início da série histórica, em 2000, de acordo com a Pesquisa de Inadimplência Doméstica, realizada pela Fecomércio-RJ.

Entre os inadimplentes, 61,1% informaram que têm dificuldades em pagar a conta do telefone fixo, 33,2% estão com a conta de energia elétrica atrasada e 10,8% disseram que não pagaram a água.

A parcela de famílias que está pagando algum tipo de financiamento ficou em 39,6%, em agosto, ante 45,2%, no mesmo período de 2008. Desse total, 15,3% estão com pelo menos uma prestação atrasada, contra 17,3%, na mesma base de comparação.

De todos os financiamentos adquiridos, 25,6% foram para parcelamento de itens do grupo Veículo e 13,7% para aquisição de produtos eletrônicos. De acordo com os itens que estão sendo financiados, as maiores variações positivas foram para carro (8,2 pontos percentuais), casa ou apartamento (4,0 p.p.), contas e empréstimos (2,9 p.p.). Em contrapartida, diminuíram os financiamentos para roupas (-5,5 p.p.), compras de supermercado (-2,1 p.p.) e computador (-1,7 p.p.).

Pesquisa sobre Consumo Doméstico

A parcela de famílias residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro que consumiu algum bem durável de fevereiro a julho de 2009 ficou em 38,2%, ante 42,5%, no mesmo período do ano anterior, de acordo com a Pesquisa de Consumo Doméstico, realizada pela Fecomércio-RJ.

Na mesma base de comparação, o destaque foi a aquisição de carros (de 7,5% para 13,1%) e de casa ou apartamento (de 1,1% para 4,0%). Este movimento é decorrente da ampliação dos prazos de pagamentos, das reduções das taxas de juros dos financiamentos de um modo geral e, especialmente, nos imobiliários e da redução do IPI para os automóveis e motos.

O levantamento também aponta que subiu o consumo de geladeira (de 8,8% para 11,7%), fogão (de 3,6% para 5,1%) e máquina de lavar (de 3,9% para 5,4%). Em contrapartida, diminuiu a aquisição de telefone celular (de 8,3% para 6,3%), DVD (de 4,3% para 2,4%), som (de 3,0% para 1,6%) e televisão (de 17,6% para 16,5%).

A parcela de famílias que pretende adquirir bens duráveis nos seis meses seguintes a agosto passou de 37,3%, em agosto de 2008, para 35,4%, no mesmo período de 2009.

Na mesma base de comparação, subiu a pretensão de compra de casa ou apartamento (de 4,5% para 10,2%), carro (de 13,3% para 17,1%), móveis de cozinha (de 1,1% para 2,4%), geladeira (de 8,0% para 9,1%) e fogão (de 5,3% para 6,4%). Por outro lado, diminuiu a intenção de consumir computador (de 9,3% para 7,3%), som (de 3,0% para 1,3%) e máquina de lavar (de 5,7% para 4,2%).

Nos próximos seis meses, 60,8% dos bens devem ser comprados em parcelas e 37,0% à vista, enquanto que, em agosto do ano passado, essa proporção era de 64,6% e 34,1%, respectivamente. Assim, a pretensão de comprar à vista cresceu 2,9 pontos percentuais.

FECOMÉRCIO-RJ
Por Alessandra Jermann

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