quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bons ventos a favor das marcas próprias

té 2015, a China tomará dos Estados Unidos o posto de “Maior Mercado Varejista do Mundo”. É o que garante o analista Paul Martin, da PlanetRetail, empresa internacional de consultoria e inteligência em varejo.
Martin apresentou seu ponto de vista sobre as novas tendências globais de consumo, ao lado da colega da mesma empresa Natalie Berg, durante a APAS 2011, evento que aconteceu de 9 a 12 de maio em São Paulo. Realizado pela Associação Paulista de Supermercados, é considerado o maior do mundo nesse setor – recebeu 75 mil pessoas.

Para Martin, o foco em lucro e em ser de fato uma empresa multicanal devem mover os varejistas no cenário atual, em que EUA e Europa enfrentam tempos de “vacas magras”. Para aqueles que ambicionam cruzar as fronteiras atrás dos tão almejados mercados emergentes, ele alerta: “É preciso aceitar que nem todos os mercados estão prontos; o mercado local permanece vital”.
Natalie abordou outro tema de grande interesse para varejistas no mundo todo: marca própria. “Marca própria finalmente se tornou uma ‘MARCA’”, brincou lembrando que a Great Value, MP do Walmart, é a maior marca de alimentos nos Estados Unidos. “É inegável o quanto estes produtos evoluíram em termos de qualidade, posicionamento, embalagem e inovação. Não é só preço”, ressaltou. Até porque, em alguns casos, a MP nem é a opção mais barata. E ela dá lucro.
Natalie está envolvida em pesquisas sobre marca-própria há algum tempo e descobriu curiosidades como: hoje no Reino Unido, a marca própria da Tesco, Finest, gera mais lucro para a rede que a venda de Coca Cola. “MP não é mais apenas um produto a mais para se expor na prateleira. Ela pode concretizar todo o conhecimento sobre o consumidor e seus hábitos, bagagens que o varejista vem juntando todo esse tempo. É a prática da teoria”.

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