quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inadimplência sobe 4,3% em março, dizem lojistas

A taxa de inadimplência subiu 4,3% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira (7) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No primeiro trimestre, a taxa avançou 1,81%.

Segundo os representantes dos lojistas, os principais fatores que contribuíram para este resultado foram o aumento das vendas a prazo, impulsionadas por maiores facilidades no crédito e alargamento nos prazos de pagamento.

'Sinal amarelo'

"Acendeu o sinal amarelo para o varejo. Os números de março não são bons. Estamos achando que a inadimplência vai continuar subindo. O que deve acontecer é que o varejo vai se tornar mais exigente na concessão do crédito. O comércio deve ficar mais cauteloso", disse Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.

Na comparação com fevereiro deste ano, porém, a inadimplência avançou 22,6%. "Março, historicamente, ainda registra inadimplência das compras de Natal parceladas e não pagas em função dos compromissos do início de ano, como impostos (IPTU e IPVA), que comprometem a renda das pessoas, contribuindo para o aumento da inadimplência", avaliou a entidade.

A CNDL lembra que sua base de dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, mas não inclui as operações com cartões de crédito. As transações com cartões de crédito absorvem cerca de 20% do volume total de operações, segundo estimativas da entidade.

Consultas

A CNDL e o SPC Brasil informaram também que o número de consultas realizadas caiu 5,17% em março deste ano, contra o mesmo mês de 2010. "O ciclo de aperto monetário [subida dos juros] vem exercendo pressão negativa no custo do crédito e consequente desaceleração no ritmo de vendas", informaram as entidades. No trimestre, porém, as consultas subiram 1,43%.

Também foi registrado em janeiro uma queda de 8,69% no cancelamento de registros de inadimplência, também frente a março do an passado. Segundo a CNDL e o SPC Brasil, isso se deve ao custo "mais caro" do crédito". "Os consumidores acabam usando esse crédito mais caro em excesso, sem fazer um planejamento do seu orçamento", avaliou a CNDL.
Fonte: G1

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