A transformação das lojas de atacado em braços de varejo fez a modalidade ganhar espaço nas compras de consumidores finais. Segundo o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Sussumu Honda, esses clientes já representam cerca de 60% das pessoas que vão às lojas de atacado.
"A gente percebe que eles não têm mais o foco no transformador [pequeno comerciante]", aponta Honda.
O maior atrativo para a compra no atacado de autosserviço, também chamado de atacarejo, é o preço. Os produtos atingem valores até 30% menores do que custariam no varejo.
A competitividade é resultado de lojas mais simples, com menos serviços e atendimento, além de variedade de produtos -um atacarejo tem 9.000 itens, ante os 50 mil de um varejo. "Muitos clientes de varejo estão buscando nossas lojas de atacado", afirma o diretor da bandeira Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, Maurício Cerrutti, em que os clientes de varejo já representam 70% do total.
As vendas para pessoa física surgiram como uma demanda natural de pasteleiros e donos de pequenos negócios, que começaram a pedir produtos avulsos para a casa enquanto repunham o estoque para o comércio.
As lojas perceberam o potencial e adaptaram o ambiente para receber os clientes individuais, com maior exposição de produtos avulsos, adoção de um preço para venda unitária e a liberação a consumidores sem cadastro.
Folha.com
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Consumidor final ganha força em lojas de atacado
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