A poucos dias de completar cinco meses no ar, o site de compras coletivas Peixe Urbano comemora a marca de 1 milhão de usuários cadastrados com uma promoção que, se for aproveitada na sua totalidade, poderá render ao site outros 5 milhões de usuários.
Ao seu primeiro milhão de cadastrados, o site promete distribuir 25 milhões de reais em cupons de crédito. Cada usuário desse milhão terá direito a cinco cupons de cinco reais cada, que poderão ser usados para presentear amigos e parentes que ainda não tenham se cadastrado. Os cupons valerão para compras efetuadas no mês de setembro.
O diretor do Peixe Urbano, Julio Vasconcellos, explica que apenas o primeiro milhão de usuários receberá os cupons – a ideia é justamente expandir o serviço por meio dos contatos de cada cliente. “A natureza da compra coletiva é desfrutar com amigos o melhor que cada cidade pode oferecer”, diz. Não adianta, portanto, fazer o cadastro agora para ganhar os cupons, mas sempre haverá a possibilidade de ser convidado por um amigo, lembra o diretor.
Adesão mínima
Febre recente no Brasil, os sites de compras coletivas como o Peixe Urbano funcionam com base no conceito de adesões mínimas. Por um período fixo – geralmente um ou dois dias –, o site publica uma oferta e a divulga entre seus usuários cadastrados. Mas, para a oferta valer, será preciso que um número mínimo de pessoas assuma o compromisso da compra.
Esse é o modelo seguido por sites como CityBest, Oferta Única, ClickOn, Oferta X, Coletivar e Clube Urbano, que representa o pioneiro GroupOn, dos EUA.
Nesse aspecto, os sites de compras coletivas se diferenciam dos clubes de compra, como o Privalia, que garantem uma quantidade mínima de produtos para cada oferta publicada. O perfil das ofertas também é diferente: enquanto os sites de compras coletivas apostam em serviços, os clubes de compra oferecem produtos, principalmente de moda.
Nos dois casos, contudo, é comum encontrar descontos generosos, que em muitos casos chegam a 90%. No Peixe Urbano, segundo Vasconcellos, o maior desconto oferecido foi de 98% - um pacote de locação de vídeos da rede Blockbuster que, de 150 reais, saiu por 3 reais.
Cadastro aberto
O Peixe Urbano surgiu na última semana de março, inicialmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. Hoje o serviço se estendeu a 11 cidades, como Goiânia, Porto Alegre, Recife, Niterói, Campinas e, mais recentemente, Florianópolis.
Ajuda bastante na escolha dos alvos dessa expansão a abertura, dada pelo site, ao cadastramento de pessoas independentemente da cidade onde vivem. “Nós vamos onde já existem usuários cadastrados”, explica o diretor. Em Florianópolis, por exemplo, a primeira oferta – um jantar em um restaurante japonês – teve 500 adesões, número considerado bom.
Atualmente, toda cidade servida pelo Peixe Urbano conta com uma oferta por dia. Cada promoção dura 48 horas.
Vasconcellos não divulga o ritmo preciso do crescimento de usuários, mas admite que a propaganda boca-a-boca tem tido forte impacto. “No começo, (o negócio) vai esquentando devagar, mas bastam uma ou duas promoções que bombam para termos saltos de 100, 200 vendas ao dia para mais de mil”, explica.
Segundo dados de pesquisa da Nielsen/Ibope citada pela empresa, o Peixe Urbano foi acessado por quase 2 milhões de pessoas no mês de julho. Isso, afirma a empresa, é mais que a soma dos acesso de todos os outros sites do gênero contabilizados pela pesquisa.
Redes sociais
As redes sociais têm sido importantes nessa expansão. “Usamos bastante o Facebook e o Twitter”, conta. “No Facebook temos mais de 70 mil fãs, e no Twitter criamos uma conta por cidade.”
Algumas pessoas preferem mesmo receber os avisos de oferta por Twitter e Facebook, diz o diretor. A conta @PeixeUrbano tem mais de 10 mil seguidores. “Muita gente diz que o e-mail acabou. O novo e-mail é o canal por onde você prefere receber essa informação”, diz. Mas, embora reconheça que jovens com até 21 anos ignorem o e-mail, é por esse canal que boa parte de seus associados, cujas idades se concentram na faixa de 30 a 35 anos, recebem os avisos.
“Nosso público ainda está na faixa dos 30 anos”, justifica Vasconcellos. “Para fazer compras é preciso ter cartão de crédito ou débito, algo que muitos estudantes não possuem. Além disso, as compras ocorrem mais por impulso. E você tem que ter uma renda para comprar um jantar ou uma massagem por impulso.”
Ofertas
Nesses quase cinco meses, o Peixe Urbano tem testado diversas mudanças. Porém, uma característica não mudou: o carro-chefe das ofertas ainda é composto de gastronomia (bares e restaurantes) e bem-estar (beleza e estética). Uma categoria foi adicionada: entretenimento (shows e teatro).
“Temos oferecido ofertas em áreas nas quais o comprometimento é maior, como academias e cursos de inglês. Apostamos também em surpresas, que são aventuras na sua cidade. Damos a oportunidade de aproveitar atrações turísticas clássicas a quem sempre viveu na cidade mas nunca a explorou”, explica Vasconcelos.
Um exemplo ocorreu em Curitiba. Logo no início das operações na cidade, o Peixe Urbano ofereceu o roteiro turístico de trem Serra Verde Express de 110 reais por 45 reais – um desconto de 59%. “Vendemos 1.500 vouchers”, relembra o diretor, “e se fizéssemos de novo venderíamos bem mais.”
Fonte: IDG Now!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Site brasileiro de compras coletivas chega ao primeiro milhão de usuários
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