quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Novas regras de balanço contábil podem ser adotadas por pequenas empresas

Prevista na Lei 11.368/07 de 2007, a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, do inglês International Financial Reporting Standards) poderá ser feita por empresas de qualquer porte. Como o prazo estipulado se estende até 31 de dezembro deste ano, em 2010, as companhias de grande porte e as sociedades anônimas já estão obrigadas a publicar seus balanços de acordo com as novas regras. A novidade é que as pequenas e médias também podem se adaptar.
Embora o processo de adequação não seja simples e rápido – demora de 6 meses a 1 ano para ser implantado – as novas regras trazem vantagens para as companhias. De acordo com Bruno Salloti, economista da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e especialista no assunto, o padrão internacional se destaca do regime contábil vigente no Brasil porque é mais flexível e interpretativo. “Ele atende a princípios contábeis, não a regras. Não é mais uma receita de bolo”, explica. Um exemplo são os critérios usados para depreciação do patrimônio das empresas. Hoje ele é feito com base em uma taxa anual fixa. Com a introdução do IFRS, a taxa passa a ser variável. Para contadores e empresas, o real desgaste dos ativos imobilizados – equipamentos, prédios, terrenos, veículos –, podem ser identificados mais facilmente, tornando mais transparentes os resultados.
Justamente por isso a adoção do IFRS aumenta a credibilidade das informações divulgadas. Ao diminuir os riscos de fraudes, fica mais fácil conseguir empréstimos em bancos. “Outro ponto favorável é que, com as normas internacionais, a empresa passa a ser comparada com companhias do exterior”, afirma Salloti. Ou seja, torna-se mais fácil medir a eficiência e a produtividade das empresas. E isso favorece, por exemplo, aquelas que têm interesse em abrir mercado e operar com ações para captar recursos mais baratos.
Atualmente, 117 países usam ou estão em processo de adoção do padrão IFRS. No Brasil, a implantação começou em 2006 quando as instituições financeiras foram orientadas a fazer a mudança. Em 2007 veio a lei para as grandes companhias e agora o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) espera que o País seja o primeiro a adotar o regime internacional em companhias de todos os portes. Para isso, criou um “IFRS light”, mais simples, destinado aos pequenos e médios. Segundo Salloti, a versão completa tem mais de 3 mil páginas de explicações das novas normas. Já a simplificada conta com 300. Para saber mais sobre IFRS, é possível consultar o endereço http://www.cpc.org.br/

FONTE - PORTAL SM

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