quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Roupas lideram a abertura de lojas no estado do Rio em 2009



O comércio carioca de roupas e acessórios puxou o crescimento da abertura de empresas em 2009, com 6.409 novas lojas, segundo a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja). A expansão da classe C, com aumento da renda e mais acesso ao crédito, aliada ao momento econômico depois dos piores efeitos da crise mundial, levou ao incremento de 12,6% no número de novos negócios no estado em relação a 2008. Segundo analistas, este é o ano do otimismo, o que deve representar ainda mais lojas.

O consultor da Acomp Consultoria e Treinamento Antônio César destaca o ganho real da renda, principalmente daqueles que recebem salário mínimo. Isso estimula, segundo ele, o crescimento do consumo e, consequentemente, da vontade de empreender.


Foram abertas 37.709 empresas ano passado no estado do Rio, contra 33.469 em 2008. Para o presidente da Jucerja, Carlos de La Roque, o resultado do levantamento do órgão está relacionado ao crescimento das vendas do comércio varejista ao longo de 2009. Ele destaca que muitas pessoas decidem abrir seu próprio negócio ao observarem o sucesso nas vendas .


Para La Roque, o valor mais baixo do investimento no segmento de roupas, que pode começar com a compra de máquinas de costura, atrai empreendedores.


– Comparativamente a outros setores, confecções e acessórios não precisam de grandes aportes para começar a produzir – destaca.


O consultor de varejo e sócio-fundador do Grupo Azo, Marco Quintarelli, ressalta que as novas empresas de varejo acompanham o crescimento das vendas. Ele explica que as pessoas não deixam de consumir mesmo em momentos de crise. Principalmente produtos de menor valor entram na lista de compras, o que garante o funcionamento das lojas de roupas.


– A classe C movimentou muito a economia. Essa parcela da população tem poder de compra para vestuário e pequenas compras de artigos eletroeletrônicos – relacionou.


As lanchonetes, casas de suco e similares aparecem em segundo lugar no ranking de novos negócios, com 3.280 lojas abertas em 2009. Em seguida, estão minimercados, armazéns e mercearias, com 2.906; equipamentos e suprimentos de informática, 2.460; e bijuterias, artesanatos e lembranças, com 2.389.


O consultor Luiz de Freitas destaca que o aumento de lanchonetes está relacionado ao crescimento da renda. Para ele, é uma tendência mundial a alimentação fora de casa conforme melhor economicamente está a população.


Para Freitas, os eventos esportivos que o estado vai receber nos próximos anos deve contribuir para a confiança dos investidores, que devem considerar uma boa opção a abertura de negócios.


– Pode ser que a partir de agora os brasileiros mudem um pouco e comecem a pensar em longo prazo, o que levará a um número ainda maior de novos empreendimentos – avalia Freitas

JB ONLINE

CLÁUDIO OLIVEIRA

ALUNO DO IVAR

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