As vendas pelo conceito "mesmas lojas" da Lojas Renner devem crescer perto de dois dígitos em 2010, antecipou hoje (19) o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, José Carlos Hruby.
"No início de 2009, esperávamos um número perto de zero. Hoje, vemos que as vendas serão maiores até o final do ano. Já para 2010, os resultados serão ainda melhores e podem ficar mais próximos de dois dígitos", disse Hruby, em reunião realizada pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
No trimestre encerrado em setembro, as vendas "mesmas lojas" da companhia aumentaram em 1,3%.
Em relação à abertura de novas lojas, o executivo confirmou que, em 2010, deverão ser criadas 12 novas unidades, cujos investimentos devem ultrapassar R$ 60 milhões.
"Vamos fortalecer a presença em praças onde já atuamos. Em capitais como Recife, Fortaleza e Salvador, podemos dobrar o número de lojas que temos hoje", afirmou.
Questionado sobre a atuação em lojas de rua, Hruby ressaltou que este ainda é um desafio para a Renner, cujo atual modelo de negócios demanda áreas específicas. "Seguimos avaliando oportunidades, mas muitos dos prédios que consultamos não foram construídos para comportar uma loja como a nossa".
Ainda assim, o diretor de RI não descartou a possibilidade de uma possível integração com alguma rede varejista voltada à classe econômica.
Produtos financeiros
Segundo Hruby, a Renner segue focada no avanço de seus produtos financeiros. "Com a instituição de uma financeira própria, conseguiremos atingir maior rentabilidade desses produtos que, hoje, ainda levam a perdas para a empresa", acrescentou.
A criação de uma financeira própria deve ser concluída ainda em 2010, segundo ele.
Sobre a implantação do cartão co-branded da Renner, que contemplará as bandeiras Master Card e Visa, o executivo informou que já estão sendo realizados testes para que o produto seja lançado aos clientes em maio de 2010. A princípio, serão fornecidos 1 milhão de cartões.
Operações on-line
Em relação ao comércio eletrônico de produtos, Hruby destacou que as operações continuarão concentradas na venda de relógios, perfumes e roupas íntimas femininas apenas.
"Nos próximos meses, manteremos uma postura low profile nesse segmento. Não temos intenção de aumentar esse mix para vestuário no curto prazo", disse.