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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Falta de cerveja e fim da garrafa de 630 ml movimentam mercado

O segmento de cervejas está mais do que nunca em evidência. Tem sido alvo de notícias que vão da falta da bebida e o fim da embalagem de 630 ml ao aumento do consumo no Nordeste. Também foram divulgados os resultados de empresas globais como a AB Inbev, dona das marcas Budweiser, Stella Artois e Beck’s.
Uma das mudanças no mercado nacional foi o acordo assinado ontem (03/11) entre o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Ambev para retirar a garrafa de 630 ml dos Estados do Rio de Janeiro (onde a embalagem estava presente na linha Skol) e no Rio Grande do Sul (com a marca Bohemia).
Vendida com exclusividade pela Ambev, a embalagem foi vetada em função do protesto dos concorrentes. Eles alegaram que não poderiam trocar suas embalagens (de 600 ml) pela de 630 ml na hora do recolhimento nos pontos de venda. Os fabricantes disseram ainda que precisavam separar suas garrafas das unidades da Ambev, o que gerava custos maiores.
O ingresso contra a garrafa de 630 ml foi feito no Cade por intermédio da Kaiser, da Imperial e das associações que reúnem os pequenos fabricantes de bebidas.
Agora falta uma definição do órgão regulador com relação ao litrão – embalagem de um litro de cerveja lançada pela Ambev –, cuja permanência no mercado também está sendo avaliada. Segundo Arthur Badin, presidente do Cade, a decisão de ontem não significa um julgamento semelhante no caso do litrão.
Falta cerveja no mercado
De acordo com notícia veiculada hoje pelo jornal Valor Econômico, já está difícil encontrar a bebida em alguns bares do País. Em teleconferência com a imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre, Nelson Jamel, diretor financeiro e de relações com investidores da Ambev, disse que a empresa está preparada para este verão, que será o melhor da história em vendas. Mesmo assim, admitiu dificuldades pontuais na distribuição. “É normal ter algum problema porque não basta ter cerveja na fábrica, é preciso ter caminhão para distribuir a mais de um milhão de pontos de venda”, afirmou.
O executivo garante que a companhia está se preparando como nunca para a estação mais quente do ano. Foram anunciados R$ 1,56 bilhão em ampliação e construção de fábricas em várias regiões do País, além de ter sido investido R$ 53,8 milhões em novos centros de distribuição e na ampliação de outros já existentes.
Segundo a reportagem do Valor, já faz três semanas que bares e restaurantes gaúchos têm tido dificuldades em receber algumas cervejas da Ambev. A informação foi dada ao jornal pelo Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre. Segundo o presidente da entidade, a situação está gradualmente voltando ao normal com a fabricante prometendo regularizar a entrega em duas semanas.
Paulo Solmucci Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, também afirmou que em outubro o fornecimento foi irregular. De acordo com ele, hoje a fabricante não possui todos os produtos para entrega imediata, mas a demora não passa de um ou dois dias.
Outro fato é que, desde o mês passado, a companhia vem negociando com o varejo um reajuste de 7% nos preços das cervejas. De acordo com fontes do setor supermercadista e de bares e restaurantes, é possível chegar a 5% de aumento.
Norte e Nordeste são campões de vendas
As vendas de bebidas da Ambev nessas regiões cresceram 25% entre janeiro e setembro deste ano em volume. O resultado está acima do projetado inicialmente para 2010: alta de 15%. A região tem se tornado tão importante pelo aumento do consumo que a companhia prevê destinar até o fim do ano uma verba de R$ 670 milhões para os estados do Norte e Nordeste, de um total de R$ 2 bilhões de investimentos.
A alta na região ajudou a puxar o resultado da companhia no Brasil, onde o volume de vendas de bebidas aumentou 12% no terceiro trimestre do ano. Só em cervejas a alta foi de 12,5%, enquanto em refrigerantes e não alcoólicos ficou em 10,4%. Já as vendas mundiais da Ambev fecharam em 8,1% no período.
Lucro da AB Inbev cai
Maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch Inbev anunciou ontem queda de 7,2% no lucro líquido do terceiro trimestre do ano. A retração ocorre principalmente porque, no ano passado, a companhia vendeu diversas unidades em vários países para financiar a aquisição da Anheuser-Busch. Com isso, esses ativos deixaram de contribuir para o resultado.
Quando ignoradas essas unidades, no entanto, a companhia registra aumento 4,1% nas vendas de cervejas. A alta é puxada pelo aumento do consumo no Brasil e na China, além da Rússia. Já nos mercados americano e europeu houve retração. Só nos EUA a variação ficou negativa em 4%.
Fonte: Valor Econômico e Portal Exame

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Burger King aceita oferta de compra de R$ 7 bi de bilionários brasileiros

Grupo que vai adquirir rede de fast food tem brasileiros que fundaram a AmBev




Primeiro foi a bebida. Agora é a comida. Os brasileiros vêm dominando os ícones do cardápio dos norte-americanos: o gigante americano do fast-food Burger King aceitou nesta quinta-feira (2) uma oferta de compra de cerca de R$ 7 bilhões (US$ 4 bilhões) do grupo financeiro 3G Capital, dos bilionários brasileiros Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira.
Trata-se do segundo ícone americano que passa para as mãos de brasileiros - o primeiro foi a cerveja Budweiser, fabricada pela Anheuser-Busch (que foi comprada em 2008 pela InBev, comandada pelo brasileiro Carlos Brito). Telles, Lemann e Sicupira, por sua vez, são os fundadores da AmBev - que faz parte da InBev.

Segundo reportagem no site do jornal americano The New York Times, o negócio “marca a contínua ascensão do Brasil como um grande jogador entre as grandes corporações”.

Em um comunicado divulgado no site do Burger King, o sócio da 3G Alexandre Behring disse que a marca de fast-food tem uma sólida rede de franqueados, uma marca simbólica e uma grande oferta de produtos, que fazem da operação uma “perfeita combinação” para a 3G, que tem um “longo registro de investimentos em marcas globais de consumo e de empresas de varejo”.

Em julho de 2005, o Burger King abriu seu primeiro restaurante de rua na cidade de São Paulo, entre as avenidas Santo Amaro e Hélio Pellegrino, na zona sul, mas a rede está no país desde 2004.

O sistema Burger King opera mais de 11 mil restaurantes em 65 países e territórios no mundo todo; desse total, 90% são de propriedade de franqueados independentes.